Morada
Nova teve seu início pela instalação de duas fazendas à margem esquerda
do Rio Banabuiú, pertencentes aos irmãos Alferes José de Fontes de
Almeida e Capitão Dionísio Matos de Fontes, que aqui se instalaram,
remanescentes das plagas pernambucanas.
Os
irmãos Alferes e Dionísio, ambos de formação religiosa, solicitaram
permissão para o então Bispo de Pernambuco, Dom João da Purificação
Marquez Perdigão para a construção de uma capela. Através de uma
consulta (plebiscito) aos habitantes da região, a escolha do local foi
feita de forma democrática. Assim, pela maioria de votos foi escolhida a
Fazenda Morada Nova (casa de José de Fontes) como novo local para a
construção da capela, hoje a Igreja da Matriz, cujo padroeiro indicado
no pedido foi o Divino Espírito Santo.
A
capela foi criada pela Lei Provincial nº 1.561, de 09 de outubro de
1873 e inaugurada no dia 1º de março de 1874, pelo Pe. Francisco Álvares
Lima e tendo como o primeiro administrador do patrimônio paroquial
Eduardo Henrique Girão. Era uma região formada de “fazendas de criar”,
apoiadas no gado e na subsistência. Portanto, se fez Morada Nova, que
recebeu esse nome originário da Fazenda Morada Nova, de José de Fontes,
localizada ao nascente de uma lagoa. Segundo os antigos, na parte
próxima a Fazenda, a lagoa era conhecida como “Lagoa do Garrote” (hoje
conhecida como Salina) e na parte de trás, como “Lagoa da Escondida”
(onde fica o conhecido Açude Velho).
José
de Fontes, orgulhoso por ser construída a capela em sua fazenda, logo
levantou uma nova morada, e vindo seu irmão Dionísio fazer-lhe uma
visita, ao meio do percurso, ao ser indagado qual o seu destino
respondeu: “Vou conhecer a Morada Nova do José de Fontes”, daí então o
local ficou conhecido como Morada Nova.
Na
Assembléia Legislativa do Estado, em sessão realizada no dia 25 de
junho de 1876, foi apresentado um Projeto de Lei elevando a povoação de
Morada Nova a categoria de Vila, denominando de Vila de São Crisólogo.
Porém, o deputado J. Pauleta apresentou uma emenda a esse projeto,
retificando o nome para Vila do Espírito Santo. Por muitos anos, nas
documentações, o município de Morada Nova era dado como “cidade do
Espírito Santo de Morada Nova”. Só em 1893, uma emenda legal
restituiu-lhe o nome de Morada Nova. Assim ergueu-se a cidade de Morada
Nova, entre a várzea do Banabuiú e a Lagoa da Salina. A cidade de Morada
nova cresceu e se desenvolveu mantendo as tradições: devoção ao Divino
Espírito Santo e respeito ao vaqueiro, homem forte que jamais foge à
luta.
Fonte: Morada Nova em Revista
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